sexta-feira, 15 de agosto de 2014

Aderbal José da Silva - Deba

O futebol itajaiense perdeu uma de suas figuras históricas. Aderbal José da Silva, conhecido como Deba, faleceu no dia 13 de agosto de 2014, no Hospital de Caridade, em Florianópolis, aos 74 anos. Ele defendeu as cores dos dois principais clubes de Itajaí - Marcílio Dias e Almirante Barroso - e também teve passagem pelo Palmeiras de Blumenau. 

Deba começou a carreira nas divisões de base do Marcílio Dias e ingressou no time principal em 1959, formando a memorável linha de frente marcilista junto com craques como Idésio e Aquiles. Um de seus gols com a camisa do Marcílio Dias foi anotado na vitória por 2 a 1 sobre o Figueirense, em Itajaí, pelo Campeonato Catarinense, em 21 de junho de 1959. No dia 19 de julho do mesmo ano, marcou duas vezes na goleada do Marinheiro sobre o Paysandu de Brusque por 4 a 2, também pelo Campeonato Catarinense. 

Mas o gol mais marcante de Deba com a camisa rubro-anil foi anotado contra o Almirante Barroso, em 15 de novembro de 1959, pelo Torneio Carlos de Paula Seara. O clássico teve vitória marcilista por 3 a 0 e o gol de Deba valeu o ingresso, como relatado pelo Jornal do Povo: "Deba, que estava bem colocado, arma uma espetacular bicicleta para assinalar o tento, colocando a bola à direita do arqueiro do Barroso, sem que pudesse esboçar qualquer defesa. O tento do avante do Marcílio foi algo sensacional".

Na década seguinte, Deba atuaria e brilharia pelo Almirante Barroso, onde marcou época ao lado de nomes como Mima, Élio Ramos e Godeberto, sendo até hoje lembrado pelos barrosistas como um dos grandes jogadores que envergaram o manto alviverde. 


Deba com a camisa do Marcílio Dias em 1959

Nome: Aderbal José da Silva
Nascimento: 31/07/1940, em Florianópolis (SC)
Posição: atacante
Período no Marcílio Dias: 1959 a 1960

quarta-feira, 11 de junho de 2014

Baú do Marcílio na exposição "Marcílio x Barroso" na Biblioteca Municipal



O blog Baú do Marcílio é uma das referências utilizadas pelos organizadores da exposição "Marcílio X Barroso, memórias que atravessam o tempo", aberta para visitação pública até o dia 15 de junho na Biblioteca Municipal de Itajaí. O texto publicado no blog sobre o tetracampeonato de Itajaí, conquistado pelo Marcílio na vitória por 3 a 2 sobre o Barroso em 8 de março de 1964, é um dos itens da mostra. A exposição também apresenta fotos, faixas e outros materiais alusivos aos dois clubes. No local também está sendo exibido o documentário “Crônicas de uma batalha extinta”, de Flávio Roberto e Diego Lara.  

quarta-feira, 23 de abril de 2014

Jorge Batista

Jorge defendeu o Marinheiro de 1961 a 1966

Nascido em Joinville em 23 de abril de 1936, Jorge Batista foi um dos maiores goleiros da história do Clube Náutico Marcílio Dias, clube que defendeu entre 1961 e 1966. Na meta rubro anil, Jorge conquistou os títulos da Liga Itajaiense de Desportos (LID) em 1961, 1962 e 1963, além do Campeonato Catarinense de 1963 (Torneio Luiza Mello). Nesta competição, atuou em todos os 18 jogos que levaram o Marinheiro ao seu único título estadual, de acordo com o livro “Torneio Luiza Mello – Marcílio Dias Campeão Catarinense de 1963”.

Jorge, Antoninho e Ivo Meyer

Antes de chegar ao Marcílio, o goleiro teve passagens por Carlos Renaux, Operário de Joinville, São Luiz e América. No início de 1961, foi negociado com o Cimenport, time da fábrica de cimentos localizada no bairro Salseiros, em Itajaí, mas pouco tempo depois foi transferido ao Marcílio. “Minha ida para Cimenport foi um trampolim para jogar no Marcílio”, lembra Jorge, acrescentando que parte de seu passe foi paga com cimento, uma vez que na época o América estava construindo a arquibancada de concreto de seu estádio.

Jorge exibe placa do Torneio Luiza Mello e faixa de campeão citadino

Depois se sua gloriosa passagem pelo Marinheiro, Jorge defendeu outros clubes catarinenses, como Comerciário (atual Criciúma), Palmeiras de Blumenau e Juventus de Rio do Sul. Encerrou a carreira no Paysandú de Brusque, em 1976, aos 40 anos. Jorge é membro de uma família de com tradição no futebol, sendo primo do também goleiro Jairo (ex-Fluminense, Corinthians, Coritiba e Seleção Brasileira) e do volante Badeco (ex-Corinthians, América do Rio e Portuguesa). Aposentou-se como estivador no porto de Itajaí e atualmente reside em Blumenau.

Jorge no lançamento do livro sobre o titulo estadual do Marcílio Dias

No dia 23 de fevereiro de 2014, quando do lançamento do livro “Torneio Luiza Mello – Marcílio Dias Campeão Catarinense de 1963”, Jorge teve uma prova do carinho que cultivou na torcida marcilista ao ser assediado por torcedores de várias gerações, os mais velhos emocionados por rever o antigo ídolo e os mais novos empolgados por conhecer pessoalmente o lendário goleiro.



Nome: Jorge Batista
Nascimento: 23 de abril de 1936, em Joinville (SC)
Período no Marcílio Dias: 1961 a 1966

quarta-feira, 16 de abril de 2014

CIP campeão catarinense de 1938

Em 16 de abril de 1939, o CIP derrotou o Atlético de São Francisco do Sul na finalíssima do Campeonato Catarinense daquele ano por 2 a 0, gols de Couceira e Nanga, e conquistou o título estadual. Foi o segundo título estadual vencido por uma equipe de Itajaí - o primeiro foi o do Lauro Müller, em 1931. O Marcílio Dias repetiria a façanha ao conquistar o Torneio Luiza Mello, homologado como campeonato estadual de 1963. Para celebrar o feito histórico do CIP, o Baú do Marcílio reproduz post originalmente publicado no blog "Almanque do Futebol do Vale", mantido pelo pesquisador Adalberto Klüser.


Em 1937, por iniciativa da diretoria do Companhia Itajaiense de Phosphoros Futebol Clube (CIP FC), foi criada em Itajaí a Associação Sportiva Vale do Itajai (ASVI).

Na década de 1940, por força de Lei Federal, a entidade alterou a denominação para Liga Esportiva Vale do Itajaí (LEVI).

Os fundadores e participantes do primeiro campeonato foram Amazonas, Blumenauense e Recreativo Brasil (Blumenau), Brusquense e Paysandu (Brusque), CIP FC, Marcílio Dias e Lauro Müller (Itajaí).

O primeiro campeonato foi realizado em 1938 e teve o CIP como campeão. A conquista garantiu a presença no campeonato estadual, disputado somente no ano seguinte.

A  equipe tinha excelentes atletas e depois de eliminar o favorito Avai, em Florianópolis, decidiu o título contra o Atlético de São Francisco do Sul. A vitória por 2 a 0 garantiu o segundo título estadual de um time itajaiense (o primeiro foi o Lauro Muller em 1931).

A campanha do time itajaiense no estadual:
5/2/1939 - CIP 4 x 0 Avaí (Florianópolis)
5/3/1939 - Avaí 3 x 2 CIP FC
12/3/1939 - Avaí 2 x 3 CIP FC

Decisão
16/4/1939 - CIP FC 2 x 0 Atlético São Francisco

O time base, campeão do Vale do Itajaí e Estadual era Geninho, Lico, Humaitá, Fateco, Humberto, Souto, Vitório, Couceira, Pavan, Nanga e Armando.

quarta-feira, 9 de abril de 2014

Edir Alves


Edir Alves no Marinheiro. É o quarto jogador em pé, da esquerda para a 
direita, entre seu companheiro de zaga Antoninho Cera e o goleiro Zé Carlos.

Todo mundo sabe que Pelé iniciou a carreira no interior de São Paulo, precisamente na equipe juvenil do Bauru Atlético Clube, o Baquinho. O que pouca gente sabe, porém, é que além do menino que viria a se tornar o Rei do Futebol, aquele time também tinha um volante alto, forte, que jogava com raça e ao mesmo tempo com classe. E que fez história no futebol de Itajaí, onde reside até hoje.


Edir Alves tem muita história para contar. Filho de Crizanto Alves, jogador do Noroeste de Bauru, Edir nasceu naquela cidade em 9 de abril de 1939. Depois de passar pelo juvenil do Baquinho, foi para o Noroeste, onde conquistou uma vaga no time titular aos 17 anos e não tardou para despertar o interesse de grandes equipes.


Nos anos 1960, Edir resolveu provar a sorte no Sul do país. Jogou no Londrina e depois no Coritiba, ambos do Paraná. Mas o seu destino estava traçado com Santa Catarina. Certo dia, dirigentes do Marcílio Dias visitaram o Coxa em busca de reforços para o Marinheiro. "Eles precisavam de um zagueiro. Eu não era zagueiro, era volante, mas o então treinador do Coritiba disse que eu jogava em qualquer posição e o Marcílio Dias me contratou", recorda.


Era o ano de 1964. Edir Alves chegou a Itajaí e logo se transformou num ídolo da torcida marcilista, graças ao seu bom futebol e ao seu bom caráter, que não foi abalado nem quando trocou o Marcílio pelo seu maior rival, o Clube Náutico Almirante Barroso. Edir explica como aconteceu. "Era a semana do início do campeonato e eu estava me preparando com meus companheiros do Marcílio. Depois do treino, fui procurado por um homem. Ele disse que o diretor do Barroso, seu Hélio Caldas, queria falar comigo". 


Edir conta que, mesmo ressabiado, foi ao encontro do cartola do clube rival, num restaurante onde hoje funciona o hotel Caiçaras. "Seu Hélio Caldas me fez uma proposta irrecusável. No princípio não acreditei que ele pagaria o que prometeu, mas ele colocou o dinheiro vivo em cima da mesa". Edir não teve outra opção. "Conversei com os diretores do Marcílio e eles entenderam, pois não tinham como cobrir aquela oferta e eu era um profissional", diz. "O curioso é que treinei a semana toda com o Marcílio e no domingo joguei pelo Barroso".

Mesmo tendo deixado o Marinheiro para jogar pelo rival, Edir continuou sendo respeitado pela torcida rubro-anil, sentimento conservado até os dias de hoje. "As pessoas me paravam na rua, mas eu explicava e elas compreendiam. Afinal, sabiam que eu era um profissional. Nunca tive nenhum problema com a torcida, seja no Marcílio ou no Barroso".


No Almirante Barroso, Edir Alves jogou dois anos (1965 e 1966), antes de ir para o Palmeiras de Blumenau e encerrar a sua carreira profissional no Flamengo de Caxias do Sul (RS), o atual Caxias. Depois de pendurar as chuteiras, Edir Alves continuou jogando futebol nas peladas da cidade. Só parou neste ano, por culpa do joelho. "Levei uma pancada forte no joelho direito e ele começou a doer sempre que eu jogava, por isso resolvi parar de brincar. Afinal, já tenho 66 anos". Por outro lado, ele não quis mais saber de se envolver profissionalmente com o esporte. Teve uma rápida experiência como treinador do Barroso, ainda em 1970, mas depois não se interessou em seguir a carreira de técnico.




Nome: Edir Alves
Nascimento: 09/04/1939, em Bauru (SP)
Posição: Zagueiro
Período no Marcílio Dias: 1964 a 1965

quinta-feira, 27 de março de 2014

Odilon da Silva


Odilon: um dos maiores craques do Marcílio Dias

Em 27 de março de 1930, nascia em Jacarezinho, no interior do Paraná, um jogador que honrou como poucos a camisa do Clube Náutico Marcílio Dias. Odilon da Silva chegou ao Marinheiro em 1961 e permaneceu no clube até 1964. Neste período foi peça fundamental nas conquistas dos títulos citadinos de 1961, 1962 e 1963, além do Torneio Luiza Mello, o campeonato estadual de 1963. Nesta competição, Odilon disputou 16 jogos e anotou três gols. Foi dele também um dos tentos da vitória do Marcílio sobre o Barroso, por 3 a 2, na decisão do campeonato citadino de 1963, em partida realizada no dia 8 de março de 1964.

Durante sua marcante passagem pelo clube de Itajaí, Odilon formou ao lado de Sombra uma dupla de meio-campistas até hoje reverenciada pela torcida rubro-anil. “Odilon atuava como armador e centroavante. Tinha estatura elevada e por isto perigoso nas boas altas, já que era bom cabeceador. Altamente técnico e inteligente, com perfeita colocação em campo. Foi um craque”, afirmou o radialista paranaense Zé Domingos em depoimento ao livro ‘Torneio Luiza Mello – Marcílio Dias Campeão Catarinense de 1963’.

Dentro de campo foi um jogador clássico e talentoso e fora dele é lembrado como um homem muito educado e culto. Antes de atuar pelo Marcílio, Odilon defendeu as cores da Esportiva de Jacarezinho, Guarani de Ponta Grossa, Ferroviário de Curitiba e Atlético Paranaense, clube pelo qual sagrou-se campeão do Paraná no ano de 1958. Após pendurar as chuteiras, iniciou a carreira de treinador e trabalhou em várias equipes, entre elas Coritiba e Atlético Paranaense. Faleceu vítima de câncer. Sem dúvida trata-se um ex-jogador que merece toda a lembrança e homenagem da torcida marcilista.


Nome: Odilon da Silva
Nascimento: 27/03/1930, em Jacarezinho (PR)
Posição: meio-campo
Período no Marcílio Dias: 1961 a 1964

sexta-feira, 21 de março de 2014

O capitão Bellini em Itajaí


Bellini foi o capitão do Vasco na partida contra a seleção de Itajaí em 1960

Hideraldo Luiz Bellini, capitão da Seleção Brasileira campeã do mundo de 1958, na Suécia, esteve em Itajaí no dia 19 de junho de 1960. Na ocasião, o Clube de Regatas Vasco da Gama enfrentou a Seleção de Itajaí, num amistoso que teve como cenário o estádio do Clube Náutico Almirante Barroso e fez parte das festividades pelo centenário da emancipação política do município, ocorrido quatro dias antes.

O time cruzmaltino não brincou em serviço e aplicou uma goleada de 5 a 1 no combinado itajaiense, que reunia principalmente jogadores do Marcílio Dias e do Barroso. Após o jogo, os integrantes da delegação vascaína foram recebidos em um jantar de confraternização com os esportistas locais.

Com menos da metade do primeiro tempo, os cariocas já venciam por 4 a 0. Os tentos do Vasco da Gama foram assinalados por Ronaldo, aos 6 e 12 minutos, Sabará aos 19 e Pinga aos 21 minutos da primeira etapa. Delém, aos 3 minutos do segundo tempo, fechou a goleada. O gol de honra dos itajaienses foi anotado pelo craque marcilista Idésio, quando transcorriam 37 minutos da etapa final.


O grande Vasco da Gama em Itajaí com Barbosa e Bellini

Além de Bellini, outras ilustres presenças naquele time do Vasco da Gama eram o goleiro Barbosa, vice-campeão mundial em 1950, e o zagueiro Orlando Peçanha, campeão mundial em 1958. Bellini ainda seria bicampeão do mundo no Chile, em 1962. O zagueiro também atuaria pelo São Paulo Futebol Clube e pelo Clube Atlético Paranaense. Bellini faleceu nesta quinta-feira, 20 de março de 2014, aos 83 anos.

Seleção de Itajaí 1 x 5 Vasco da Gama
Data: 19/06/1960
Local: Estádio do Barroso (Itajaí/SC)
Árbitro: Jair de Souza
Gols: Ronaldo (2), Sabará, Pinga e Delém; Idésio
Seleção de Itajaí: Ernani (Zé Carlos); Roberto, Darci e Antoninho; Zito (Laranjinha) e Lóca (Zequinha); Mima (Acari), Idésio, Aquiles (Deba), Joel e Jorginho.
Vasco da Gama: Barbosa (Ita); Paulinho, Bellini (Brito), Orlando e Coronel; Écio e Roberto Pinto; Sabará (Joãozinho), Delém, Pinga e Ronaldo. 

terça-feira, 18 de março de 2014

Marcílio Dias vice-campeão sul brasileiro


Marcilistas e gremistas disputam bola na Taça da Legalidade

Em 18 de março de 1962, o Marcílio Dias bateu o Operário de Ponta Grossa (PR) por 3 a 1, no Gigantão das Avenidas, e garantiu a segunda colocação na Taça da Legalidade, o que lhe valeu o status de vice-campeão sul brasileiro. 

"Em 1962, a Federação Rio Grandense de Futebol em parceria com o governo do Estado do Rio Grande do Sul e as Federações de Futebol do Paraná e Santa Catarina organizaram o 1º Campeonato Sul Brasileiro de futebol, também chamado de Taça da Legalidade, uma homenagem ao movimento homônimo que visava empossar o vice-Presidente João Goulart no lugar do presidente Jânio Quadros que renunciara", explica o site oficial do Grêmio.

Além das duas equipes que se enfrentaram naquela tarde em Itajaí, a competição contou também com as participações de Grêmio (campeão), Internacional, Coritiba e Metropol. A vitória sobre o clube do interior paranaense encerrou a campanha marcilista no certame, no qual o Marinheiro obteve quatro vitórias, três empates e três derrotas, com os seguintes resultados:

31/01/1962 - Operário (PR) 1 x 2 Marcílio Dias

03/02/1962 - Coritiba 1 x 1 Marcílio Dias

06/02/1962 - Internacional 2 x 2 Marcílio Dias

13/02/1962 - Grêmio 3 x 0 Marcílio Dias

18/02/1962 - Marcílio Dias 2 x 1 Metropol

25/02/1962 - Marcílio Dias 0 x 1 Coritiba

28/02/1962 - Marcílio Dias 1 x 0 Internacional *

04/03/1962 - Marcílio Dias 0 x 0 Grêmio

11/03/1962 - Metropol 2 x 0 Marcílio Dias

18/03/1962 - Marcílio Dias 3 x 1 Operário (PR)

* Este jogo foi realizado em Blumenau, uma vez que o Estádio Dr. Hercílio Luz não possuía sistema de iluminação noturna.

segunda-feira, 17 de março de 2014

Falece Dão, campeão do Torneio Luiza Mello


Justo no dia do aniversário de 95 anos do Clube Náutico Marcílio Dias, a comunidade rubro-anil recebeu uma má notícia. Através de nota de pesar publicada em seu site oficial, o Marinheiro comunicou o falecimento do ex-meia Dão, que atuou no clube durante a década de 1960.

João Carlos Pereira integrou o plantel que conquistou o campeonato catarinense de 1963 (Torneio Luiza Mello), maior glória da história quase centenária do Marcílio Dias. De acordo com o livro "Torneio Luiza Mello - Marcílio Dias Campeão Catarinense de 1963", Dão atuou em seis partidas daquela campanha e anotou um gol - na goleada por 8 a 1 sobre o Paysandu, em Brusque, no dia 24 de novembro de 1963.

Dão também participou da conquista do Torneio Itajaí-Joinville e do tetracampeonato citadino, conquistado na vitória por 3 a 2 sobre o Barroso, em 8 de março de 1964. "Dão fez parte daquele timaço dos anos 1960, jogava ao lado do maestro Sombra", recorda o vice-presidente do Marinheiro, Benício Medeiros.

Abaixo, a nota oficial do Marcílio Dias:

"O Clube Náutico Marcílio Dias lamenta o falecimento do ex-atleta Dão, que atuou nos anos 60 pelo Marinheiro, ocorrida nesta segunda-feira, em Itajaí. O clube, através de sua diretoria, manifesta aos familiares e amigos mais próximos, em nome de toda a torcida rubro-anil, sinceros votos de consideração e pesar."

quarta-feira, 12 de março de 2014

12/03/1961: Marcílio Dias 5 x 1 Paula Ramos



idesio e aquiles

Idésio e Aquiles marcaram dois gols cada

Marcílio Dias e Paula Ramos entraram no gramado do Estádio Dr. Hercílio Luz, na tarde de 12 de março de 1961, em jogo válido pela Fase 2 do Campeonato Catarinense de 1960. O time de Florianópolis era o então campeão estadual e contava em seu plantel com algumas figuras da Seleção Catarinense, como Zilton, Valério Matos e Sombra – o mesmo que depois brilharia com o manto rubro-anil por vários anos.

Por sua vez, o Marinheiro não tomou conhecimento do campeão de 1959, que sucumbiu ante o poder de fogo do ataque marcilista. Logo aos seis minutos de bola rolando, Aquiles escorou de cabeça cruzamento de Joel Reis e mandou para o fundo das redes. Cinco minutos depois, o próprio Aquiles ampliou o placar.


O terceiro gol do time da casa surgiu aos 25 minutos, quando Idésio acertou um belo chute e venceu o goleiro Pamplona. E o quarto tento saiu aos 30 minutos, novamente tendo o “Tanque” Idésio como autor. Com apenas meia hora de jogo, o Marcílio vencia por quatro gols.


Atordoado, o Paula Ramos trocou de goleiro, mas pouco adiantou. O Marinheiro fechou a goleada aos 23 minutos do segundo tempo, através de Lierte. Aos 30 minutos da etapa final, coube a Eurides anotar o gol de honra do time florianopolitano.


Foi a segunda goleada consecutiva do Marcílio Dias naquela fase do campeonato estadual. Na rodada anterior, o Rubro-Anil havia massacrado o Hercílio Luz, de Tubarão, por 5 a 0, também no Gigantão das Avenidas. O Marinheiro terminaria aquele campeonato como vice-campeão, perdendo o título para o Metropol, de Criciúma.


Marcílio Dias 5 x 1 Paula Ramos

Competição: Campeonato Catarinense de 1960
Data: 12/03/1961
Local: Estádio Dr. Hercílio Luz (Itajaí/SC)
Árbitro: Lúcio de Oliveira
Gols: Aquiles aos 6 e 11, Idésio aos 25 e 30 do primeiro tempo; Lierte aos 23 e Eurides aos 30 do segundo tempo.
Marcílio Dias: Zé Carlos (Medeiros); Antoninho (Gaya), Ivo Meyer e Joel Reis; Cleuson e Joel Santana; Lierte, Idésio, Aquiles, Laranjinha e Jorginho. Técnico: Laércio Gomes.
Paula Ramos: Pamplona (Wilson); Neri, Édio e Hamilton; Zilton e Nelinho; Warner (Dionei), Valério Matos, Marreco, Sombra e Eurides. 

sábado, 8 de março de 2014

Marcílio Dias tetracampeão de Itajaí



Marinheiro derrotou Barroso por 3 a 2 na decisão

No dia 8 de março de 1964, o Clube Náutico Marcílio Dias conquistava pela quarta vez consecutiva o título de campeão de Itajaí. Com uma vitória por 3 a 2 sobre o arquirrival Almirante Barroso, o Marinheiro faturou o campeonato da categoria profissional da Liga Itajaiense de Desportos (LID) de 1963, que se somou aos títulos obtidos nos três anos anteriores (1960, 1961 e 1962). 

A estreia do Rubro-Anil na competição deu-se de forma massacrante. Em 13 de outubro de 1963, o Marcílio não teve piedade do Tiradentes da Barra do Rio e venceu por 7 a 2. Duas semanas depois, o Marinheiro empatou em 1 a 1 com o Barroso. Entre novembro de 1963 e fevereiro de 1964, o campeonato municipal ficou paralisado em função da realização do Torneio Luiza Mello – competição também vencida pelo Marcílio e homologada como campeonato estadual em 1983. 

Em março de 1964, foi retomado o torneio da LID. No dia primeiro daquele mês, o Marinheiro aplicou nova goleada no Tiradentes, desta vez por 4 a 1, e o clássico contra o Barroso na última rodada definiria o campeão. Antes do apito inicial, os jogadores do Marcílio receberam das mãos da senhora Luiza Mello, esposa do então presidente da FCF, Osni Mello, as medalhas pela conquista do torneio que levou o seu nome. 

No começo do clássico, um susto: Hélio abriu o placar para o Barroso, logo aos seis minutos. O Rubro-Anil chegou ao empate com o artilheiro Aquiles, aos 15. No segundo tempo, Odilon, aos seis minutos, virou o jogo para o Marinheiro. Godeberto igualou novamente aos 26. Mas o Marcílio tinha Aquiles e foi dele o gol do título, aos 33 minutos da etapa final, concluindo cruzamento de Ratinho pela direita. Menos de um mês após comemorar o título do Torneio Luiza Mello, em 23 de fevereiro de 1964, o Marcílio Dias voltava a ser campeão e consolidava sua hegemonia no futebol praiano.

Marcílio Dias 3 x 2 Almirante Barroso
Data: 08/03/1964
Local: Estádio Dr. Hercílio Luz
Árbitro: Otacílio Pedro Ramos
Gols: Hélio e Godeberto; Aquiles (2) e Odilon
Marcílio Dias: Jorge; Marzinho, Djalma, Joel Santana e Joel Reis; Sombra e Odilon; Ratinho, Salvador (Dão), Aquiles e Renê. Técnico: Milton Gonçalves.
Almirante Barroso: Leibnitz; Maurício (Moreli), Ferreira, Antenor e Osni; Nelinho e Zito; Hélio, Mima, Pereirinha e Godeberto. Técnico: Alípio Rodrigues.