quinta-feira, 19 de abril de 2018

20/04/1969 - Marcílio Dias 6 x 1 Olímpico

O ano de 1969 não foi dos melhores para o Marcílio Dias, que não conseguiu se classificar para a fase final do Campeonato Catarinense. Um dos poucos momentos de júbilo para a torcida marcilista naquele ano foi ver seu time golear o Olímpico de Blumenau por 6 a 1, em partida válida pela oitava rodada da fase de classificação, realizada no dia 20 de abril de 1969 no Estádio Dr. Hercílio Luz, em Itajaí.

O primeiro tempo terminou com a vantagem do time da casa por 2 a 0, gols de Dão aos 16 minutos e Mário Madureira aos 36. Na etapa complementar, o Marcílio foi ainda mais avassalador e ampliou com dois gols de Sérgio Mafra, aos quatro e 38 minutos, e Calita, aos 25 e 33 minutos. Cavalazzi descontou para o Olímpico aos 26. 


Calita e Sérgio Mafra: dois gols cada

Naquela tarde, o Marinheiro atuou com Zé Carlos; Jorge, Orlando, Ferreira e Joel Reis; Mário Araújo e Sérgio Mafra; Calita, Uga, Mário Madureira e Dão. O técnico era Milton Gonçalves, o mesmo que venceu o Torneio Luiza Mello em 1963. O árbitro da partida foi José Carlos Bezerra. Na preliminar, o time juvenil do Marcílio venceu por 5 a 1 o E. C. Liquigás. 

Para deleite da torcida rubro anil, o arquirrival Almirante Barroso foi goleado por 4 a 0 pelo Palmeiras, em Blumenau, no mesmo dia.


domingo, 18 de março de 2018

O busto de Marcílio Dias no Estádio Dr. Hercílio Luz



Busto e escudo no Estádio Dr. Hercílio Luz

O aniversário de 99 anos do Clube Náutico Marcílio Dias, em 17 de março de 2018, foi marcado pelo lançamento simbólico da pedra fundamental do centro de memória e pela reinauguração do busto do marinheiro que empresta o nome ao clube. A peça de bronze passou por um trabalho de restauro e foi recolocada no Estádio Dr. Hercílio Luz, em Itajaí, junto ao escudo do clube, atrás da trave da Avenida Marcos Konder.


Busto reinaugurado em 2018

O busto foi produzido no Arsenal da Marinha do Rio de Janeiro, localizado na Ilha das Cobras, na Baía de Guanabara, e presenteado ao clube pela Marinha do Brasil em 15 de dezembro de 1963, antes da partida entre Marcílio Dias e Avaí pelo Torneio Luiza Mello, o Campeonato Catarinense de 1963 – que teve o Rubro Anil como campeão. O Marcílio venceu o jogo por 2 a 1, com gols de Djalma e Renê.


Primeira dama e prefeito Dadinho
na inauguração do busto em 1963

Na ocasião, Ary Garcia, ex-jogador de futebol e então membro da diretoria do Marcílio Dias, proferiu um belo discurso no qual ressaltou os atos de bravura do herói nacional que se imortalizou na batalha naval do Riachuelo, bem como enalteceu a figura de Inácio Mascarenhas Passos, primeiro presidente do clube e responsável pela escolha do nome do marinheiro Marcílio Dias como patrono da agremiação.


Ary Garcia discursa na inauguração do busto diante do representante da Marinha

“Poderíamos buscar outros nomes igualmente ilustres de nossa história, mas, sem deslustrar os demais, vimos ao marinheiro Marcílio Dias o símbolo mais perfeito da luta, dos que batalham sem esmorecimentos, dos que se empenham de corpo e alma em busca de seus ideais. É o exemplo de Marcílio Dias que trazemos constantemente à lembrança de nossos atletas”, destacou Ary Garcia. Como forma de homenagem, trechos do mesmo discurso foram repetidos pelo atual presidente, Lucas Brunet, na reinauguração do busto.


Levir Culpi e o busto na revista Placar em 1988

Ao longo das décadas, mitos e superstições cercaram o busto no Estádio Dr. Hercílio Luz. A peça foi trocada de local várias vezes e passou muitos anos afastada do campo. Houve quem dissesse que o marinheiro não podia ver os jogos porque isto não dava sorte ao time – superstição surgida na década de 1980. Trata-se de uma tremenda injustiça, pois como já mencionado o busto chegou ao clube em meio à campanha do título estadual de 1963, a maior conquista do clube em sua quase centenária história. Certamente as pessoas que alimentaram a infeliz superstição desconheciam este fato.


Busto de novo na Placar, desta vez 
em 2008 em nota sobre a supertição

Reparando as injustiças cometidas contra a figura do imperial marinheiro, o busto agora se encontra posicionado em local privilegiado no Estádio Dr. Hercílio Luz: de frente para o gramado, podendo ser contemplado pela torcida marcilista em qualquer ponto das arquibancadas, com o destaque que merece.

Viva o Marcílio!



O guardião do Gigantão das Avenidas
em foto do marcilista Marcelo Baião

sábado, 17 de fevereiro de 2018

O itajaiense que marcou dois gols em La Bombonera


Oriundo de Piçarras, então bairro de Itajaí, o ponta-esquerda Agenor Eugênio Rodrigues começou no Tiradentes da Barra do Rio, transferindo-se para o Marcílio Dias em 1955. No ano seguinte foi para o Carlos Renaux, onde atuou ao lado de Teixeirinha e Idésio, dois dos maiores craques do futebol catarinense. Em 1960, o talento de Agenor despertou interesse no futebol nacional e ele foi para o São Paulo. No Tricolor Paulista, atuou em 119 partidas e fez 31 gols, de acordo com o Almanaque do São Paulo, de Alexandre da Costa.

Agenor com a camisa do Carlos Renaux e Idésio
 com a camisa do Marcílio. Foto: FGML

Dois destes gols foram marcados no lendário estádio La Bombonera, em Buenos Aires. No dia 25 de janeiro de 1961, o estádio foi palco de uma partida entre Boca Juniors e São Paulo, válida pelo Torneio Internacional de Verão. O Tricolor Paulista atropelou o time da casa e venceu por 5 a 1, com dois gols de Baiano, dois gols de Agenor - o primeiro de falta - e um de Gonçalo. Também participaram do torneio Corinthians, Vasco, Flamengo, Nacional (URU), Cerro (URU) e River Plate (ARG). O Flamengo foi o campeão.

Agenor no São Paulo. 
Foto: terceirotempo.com.br

Agenor ficou no São Paulo até 1965 e depois defendeu outras equipes, como Nacional, Prudentina e Batatais, entre outras. Encerrou a carreira em 1968 e nos últimos anos vivia em Itajaí, onde faleceu no dia 16 de fevereiro de 2018, aos 79 anos. Eis a nota de pesar publicada no site oficial do Marcílio Dias:

"O Clube Náutico Marcílio Dias lamenta profundamente o falecimento do ex-jogador Agenor Eugênio Rodrigues, ocorrido em 16 de fevereiro de 2018. Nascido em 13 de setembro de 1938 em Piçarras, então bairro de Itajaí, Agenor iniciou a carreira como ponta-esquerda no Tiradentes da Barra do Rio, transferindo-se para o Marcílio Dias em 1955. No ano seguinte foi para o Carlos Renaux de Brusque e em 1960 para o São Paulo Futebol Clube. Aos familiares, nossos sinceros votos de condolências."